Quando as diferenças culturais promovem uma melhor experiência a dois no exterior. Relacionamentos Interculturais ao morar fora, esteja aberto ao novo.
Viver um relacionamento saudável hoje em dia virou uma meta de muitos casais. O respeito, a confiança e o comprometimento, se tornaram verdadeiros pilares quando o assunto é a manutenção relacional, mas quando diferentes culturas escolhem permanecer unidas, devemos estar atentos às diferenças e buscar encontrar oportunidades de conexão. Morar fora nos convida a olharmos para essa possibilidade e compreendermos como podemos evoluir e se existe algo a ensinar.
Relacionamentos Interculturais ao morar fora
Os relacionamentos interculturais consistem na conexão entre pessoas de diferentes culturas; um brasileiro com uma americana, um holandês com uma inglesa, um alemão com uma portuguesa. As relações compartilham hábitos, costumes, perspectivas, formas de educação, gastronomia e comportamentos, cada um à sua maneira e do jeito que conseguirem ser.
Esse formato de relacionamentos existe a muitas décadas e de diferentes formas, aqueles que vivenciam essa experiência podem atestar os benefícios e desafios inerentes ao processo.
Aqueles que decidem colocar o pé na estrada e morar fora, expandem suas chances de viverem relacionamentos interculturais, assim como aqueles que ainda não partiram, podem se conectar virtualmente com alguém de outra cultura e iniciar uma relação a distância.
Inicialmente essa realidade parece ser bastante atrativa, repleta de novidades e curiosidades, mas sabemos que nem tudo são flores, então os primeiros desafios começam a surgir; quem vai precisar mudar de país, como educaremos os filhos, o que pode na cultura de um, mas não da do outro, quais feriados vamos celebrar e como lidaremos com os problemas que surgirão.
Realinhando o relacionamento para colocar o Pé na Estrada.
Namoro à distância ou juntos no exterior?
Aqueles que decidem manter uma relação a distância, na iminência de um dia morar fora, lidam com a saudade, administração do fuso horário, gestão de recursos financeiros para financiar os encontros ao longo do ano, ansiedade sobre se a relação vai resistir ao tempo e o estresse de muitas vezes não poder estar presente em datas importantes.
Já os que podem viver no exterior juntos se deparam com diferenças culturais, que por vezes podem trazer alguns entraves; como o nível de limpeza, a forma de organizar os espaços, o compromisso com a lealdade, a disponibilidade afetiva, a forma como encaram o dinheiro e o estilo de amar.
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Benefícios dos relacionamentos interculturais
Se morar fora já é uma experiência inesquecível, relacionar-se com alguém de cultura diferente pode ser uma verdadeira oportunidade de crescimento e evolução. Enxergar o mundo que conhecemos por outra perspectiva pode ser uma verdadeira chance de encontrarmos uma nova forma de ser e existir no mundo.
Os mais rígidos aprendem a flexibilizar, os desorganizados tendem a se aprumar, os atrasados são apresentados a pontualidade, os emocionalmente dependentes aprendem a amar sem possuir, os inseguros desfrutam de relações seguras, os tóxicos tem a chance de melhorar e os abusivos encontram um novo caminho para viver.
Esse não é um discurso romântico sobre as relações interculturais, mas uma perspectiva real desta realidade que tem crescido bastante ao redor do mundo.
Referências disfuncionais nos colocam em uma posição onde tendemos a repetir padrões sem nos darmos conta. Morar fora não nos afasta dos maus exemplos que vimos ao longo da vida, viver no exterior é apenas uma alteração de ambiente, mas tudo aquilo que vivemos e passamos estará contido em nossa bagagem.
Relacionar-se com alguém que teve uma vida completamente diferente da nossa, que viveu uma realidade oposta ao que tivemos e que aprendeu a reagir de uma forma absolutamente alternativa a tudo aquilo que já observamos, precisamos convir que além de curioso, é altamente interessante.
Compreender que não existe apenas uma forma de se relacionar nos transporta para um lugar de diversidade, e neste caso, uma multiplicidade cultural repleta de inclusão.
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Como lidar com relações culturais
O pilar mais importante dos relacionamentos interculturais é o respeito, não que ele não seja indispensável nas outras, mas se desejamos que um relacionamento com alguém de uma cultura diferente prospere, precisamos compreender que tudo aquilo que pensamos, esperamos e desejamos, precisará de um ajuste em todo o tempo.
A paciência surge como um ingrediente necessário nessa construção relacional, precisamos ser pacientes quando o outro (a) não nos compreender, quando não conseguimos nos fazer claros sobre a forma como nos sentimos e quando tivermos dificuldades em explicar como a nossa cultura funciona.
Comunicação é a alma das relações, seja em qual idioma for, precisaremos separar um tempo para que o outro possa nos entender e nos esforçarmos, para na linguagem dele, nos fazermos claros e assertivos. Não é porque temos a tendência a enviar sinais e desejar que o outro decifre, que ele vai captar a mensagem e atender às suas necessidades.
Liberte-se de atender as expectativas dos outros.
Tenha flexibilidade para fazer dar certo
Se você é uma pessoa mais inflexível e deseja ter um relacionamento intercultural, então seu desafio em flexibilizar deve começar agora. Nada será do jeito que idealizamos e está tudo bem, o segredo consiste em encontrarmos o jeito do casal, para que então possamos usufruir do maior potencial que esse relacionamento pode alcançar.
O silêncio surge como a cereja do bolo, estamos tão carentes de presença, que parece que o silenciar nos incomoda. Se o outro não fala nada, nos irritamos. Se ela fala muito, nos cansamos. Se ambos não têm nada a dizer, desejamos acabar com tudo.
Portanto, se você já possui um relacionamento intercultural ou deseja viver essa experiência, comece a trabalhar-se internamente e compreender quais são os pontos que você tem a ensinar e o que desejas aprender.
Nada de querer que tudo seja do jeitinho que você sonhou, talvez essa ilusão só faça bem a você. Esteja pronto para experimentar novidades e aberto para ser a sua melhor versão no mundo. E você, já viveu relacionamentos interculturais?
Fim do Relacionamento no Exterior: todos correm esse risco?
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