Trabalhar na Suíça: escassez recorde de trabalhadores qualificados

Se você sonha em morar e trabalhar na Suíça, saiba que o país europeu está em busca de profissionais qualificados. Confira!

Não é de hoje que as indústrias suíças estão com dificuldade em contratar profissionais altamente qualificados. Por isso, se você deseja morar e trabalhar na Suíça, saiba que existe uma escassez recorde de profissionais qualificados no país europeu. Confira tudo sobre os dados que foram divulgados pelo governo da Suíça.

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Emprego na Europa

O Conselho Federal da Suíça tomou a decisão sobre o número de trabalhadores qualificados de países terceiros que podiam chegar ao país em 2023 ainda em novembro de 2022. No encontro, ficou determinado que o país europeu podia receber, no máximo, 8.500 trabalhadores qualificados em 2023. Contudo, a escassez de mão de obra no setor industrial está penalizando a competitividade do comércio exterior suíço, que representa cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto).

Aliás, quando se juntam o setor da indústria e ferramentas (27%) e relojoaria (10%), eles respondem por mais de um terço (37%) das exportações suíças, de acordo com o Departamento Federal de Estatística (dados de 2021). Em primeiro lugar estão os produtos químicos e farmacêuticos, tradicionalmente o setor líder nas vendas suíças para o exterior, com quase 50% do total das exportações.

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Trabalhar na Suíça

Segundo o portal Swiss Info, a demanda por pessoal no setor de torneamento está em alta na Suíça. E a quantidade de profissionais em falta fica mais evidente quando se olha para os portais de empregos. Por exemplo, em abril de 2023, a indústria suíça procurava contratar 1.550 mecânicos multiqualificados e a concorrência entre as empresas é intensa.

Especialistas da área de recrutamento dizem que em algumas regiões é a quantidade mais alta de profissionais em falta nos últimos 15 anos. Isso está acontecendo especialmente na indústria de alta precisão da Suíça. Profissionais de RH dizem que, atualmente, é quase impossível recrutar especialistas pelos meios tradicionais e que quem já está no mercado precisa recorrer aos seus contatos pessoais.

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Impulsionar a imagem das carreiras na indústria

A escassez de profissionais para trabalhar na Suíça pode ser explicada. Para associações da indústria, a situação do país acontece por conta da falta de treinamento das empresas que não investiram em para treinar especialistas suficientes na última década.

Mesmo com a criação de centros de treinamento em algumas regiões da Suíça, a situação não está se invertendo. Ainda assim, muitos cantões (estados) oferecem programas de aprendizagem dupla que contemplam os ofícios de torneamento e mecânico. As empresas e indústrias da Suíça são as mais interessadas e que apoiam integralmente os centros de formação.

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Trabalhar na Suíça: melhorar a imagem da indústria

Um maior interesse dos jovens, principalmente das mulheres, na indústria passa por melhorar a imagem do setor. Tradicionalmente oferecendo serviços mais pesados e até insalubres, muitas áreas profissionais eram dominadas maioritariamente por homens. Contudo, a situação mudou e a indústria suíça passou por melhoramentos e, em muitas delas, as bancadas de trabalho sujas deram lugar a sistemas totalmente informatizados.

Por isso, mesmo que leve um tempo, quem deseja trabalhar na Suíça deve encontrar boas possibilidades hoje e no futuro. As indústrias do país estão trabalhando para resolver o problema da escassez de mão de obra promovendo oportunidades de treinamento e melhorando a imagem das profissões técnicas.

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Sobre morar e trabalhar na Suíça

Em 2020, o Institute for Management Development (IMD) colocou a Suíça em primeiro lugar na atração de trabalhadores qualificados. No país estão as sedes de grandes corporações multinacionais como Glencore, Gunvor, Nestlé, Mediterranean Shipping Company, Novartis, Hoffmann-La Roche, ABB, Mercuria Energy Group e Adecco.

Outras grandes empresas mundialmente conhecidas são: UBS AG, Zurich Financial Services, Richemont, Credit Suisse e Barry Callebaut. Também são internacionais a Swiss Re, Rolex, Tetra Pak, The Swatch Groupe e Swiss International Air Lines.

A Suíça é um dos países mais desenvolvidos do mundo e que tem a maior riqueza nominal por adulto de qualquer país. O país europeu é bem classificado em várias métricas internacionais, incluindo competitividade econômica , desenvolvimento humano e governança democrática. Suas cidades como Zurique, Genebra e Basel estão entre as mais altas em termos de qualidade de vida. Todavia, com alguns dos custos de vida mais altos.

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Prosperidade econômica

Por ter uma economia estável, próspera e de alta tecnologia, a Suíça é o país mais rico do mundo per capita em vários rankings. Sem contar que é um dos países menos corruptos do mundo, todavia seu setor bancário é classificado como “um dos mais corruptos do mundo”. Atualmente ocupa a vigésima posição como maior economia do mundo em PIB nominal e a trigésima oitava maior em paridade de poder de compra.

Zurique e Genebra são consideradas cidades globais e Basel é a capital da indústria farmacêutica da Suíça, hospedando multinacionais como Novartis, Roche e outras. É um dos centros mais importantes do mundo para a indústria de ciências da vida.

O Relatório de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial de 2016 classificou a economia da Suíça como a mais competitiva do mundo, mas a partir de 2019, ela está no quinto lugar globalmente. A União Europeia classificou a Suíça como o país mais inovador da Europa e o país mais inovador no Índice Global de Inovação em 2022.

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Trabalhar na Suíça: economia

O setor econômico mais importante da Suíça é a manufatura. Os produtos manufaturados incluem especialidades químicas, produtos farmacêuticos e de saúde, instrumentos de medição científicos e de precisão e instrumentos musicais. Os maiores bens exportados são produtos químicos (34%), máquinas/eletrônicos (20,9%) e instrumentos de precisão/relógios (16,9%).

O setor de serviços, principalmente bancos e seguros, comércio de commodities, turismo e organizações internacionais – é outro com grande importância na economia da Suíça. Os serviços exportados representam um terço das exportações. De ressaltar que a Suíça pratica um protecionismo agrícola, que é uma rara exceção em relação às suas políticas de livre comércio, o que contribui para a alta dos preços dos alimentos no país.

De acordo com a OCDE, a liberalização do mercado de produtos suíços está atrasada em relação a muitos países da União Europeia. Além da agricultura, as barreiras econômicas e comerciais entre a União Europeia e a Suíça são mínimas, e a Suíça tem acordos de livre comércio com muitos países. A Suíça é membro da Associação Européia de Livre Comércio (EFTA).

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