Alugar apartamento em Lisboa é mais caro do que em Amsterdam e Paris. A capital portuguesa é a cidade europeia mais cara para morar. Saiba mais!
Para quem pretende alugar apartamento em Lisboa a notícia não é nada boa. A capital portuguesa está na liderança das cidades europeias mais caras para morar. Para você ter uma ideia, alugar um apartamento de 1 quarto (T1) pode chegar aos € 2.500 euros mensais. Confira tudo sobre um estudo realizado por uma uma plataforma de aluguel de imóveis na Europa e veja como outras cidades estão listadas.
Alugar apartamento em Lisboa
Alugar apartamento em Lisboa é mais caro do que em outras cidades europeias. A HousingAnywhere, uma plataforma de aluguel de imóveis, publica todos os anos o International Rent Index e Lisboa está no topo do ranking. Um apartamento de 1 quarto (T1) na capital portuguesa pode chegar, em média, aos € 2.500 euros por mês.
Contudo, além dos preços estarem nas alturas, mesmo assim persiste a dificuldade em encontrar imóveis. No começo de 2023, a média de aluguel em Lisboa para um T1 estava nos € 2.158 euros mensais. Porém, depois de junho, o mesmo tipo de apartamento já custava em média € 2.500 euros por mês. Isso quer dizer, em termos práticos, que você paga mais € 200 euros do que em Amesterdam, na Holanda, que até então era a cidade mais cara do ranking.
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Morar na Europa está cada vez mais caro
O HousingAnywhere International Rent Index para o segundo trimestre de 2023 revela que o aumento do aluguel ano a ano nas cidades europeias caiu para menos de dois dígitos após 5 trimestres, mostrando um aumento médio de 9,6% em comparação com 11,9 % no primeiro trimestre de 2023. O Rent Index analisa cerca de 64.000 imóveis, predominantemente mobiliados, entre apartamentos T1, quartos privados e estúdios, geralmente indicados para profissionais com mobilidade, jovens profissionais e estudantes.
Os aumentos dos preços de aluguel na Europa trimestre a trimestre começaram a diminuir, mas foram seguidos por um aumento médio de apenas 1,5% em todos os tipos de propriedade nos últimos três meses. Embora isso possa parecer uma boa notícia para profissionais com mobilidade que buscam um novo lar, pois a alta temporada de mobilidade acaba de começar.
Além disso, a desaceleração moderada no aumento dos aluguéis na Europa não é suficiente para garantir o acesso à moradia disponível e acessível, pois a sazonalidade pode reverter a tendência nos meses seguintes.
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Principais mudanças no ranking do valor médios dos aluguéis na Europa
O HousingAnywhere Rent Index mostra um aumento médio anual de 9,6%, com algumas diferenças entre os tipos de propriedade. Os quartos apresentam um aumento médio homólogo de 9,7%, com os preços em Lisboa a subirem 29,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, seguindo-se Haia (28,6%) e Berlim (22,6%).
Para apartamentos (com aumento médio anual de 9,1%), Budapeste está apresentando o maior aumento de preços com 42,9%, seguida por Haia (27,8%) e Utrecht (25,8%). Os estúdios mostram um aumento anual de 10,1%, e Lisboa lidera com um aumento anual de impressionantes 70,3%, seguida por Florença (33,3%) e Hamburgo (27,4%).
As 5 principais cidades com maior aumento anual por tipo de propriedade:
Apartamentos
- Budapeste (42,9%)
- Haia (27,8%)
- Utrecht (25,8%)
- Porto (25%)
- Lisboa (15,8%)
Quartos
- Lisboa (29,4%)
- Haia (28,6%)
- Berlim (22,6%)
- Amsterdã (18,8%)
- Frankfurt (16,9%)
Estúdios
- Lisboa (70,3%)
- Florença (33,3%)
- Hamburgo (27,4%)
- Haia (23,8%)
- Porto (23,3%)
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Alugar apartamento em Lisboa cada vez mais difícil
O desafio de encontrar um novo lar será ainda mais difícil para quem procura alugar apartamento em Lisboa, assim como em outras cidades da Europa. Enquanto os preços dos quartos e estúdios permaneceram estáveis em relação ao trimestre anterior (com quedas trimestrais moderadas de 0,4% e 0,2%, respectivamente), os preços dos apartamentos de um quarto aumentaram nada menos que 5,1%.
Sendo assim, superou o aumento do trimestre anterior em mais de 3 pontos percentuais. Porto, Haia e Valência registam os maiores aumentos trimestrais de apartamentos, com 22,5%, 21,1% e 18,2% respetivamente. Os preços dos estúdios registraram uma queda de 0,2% no trimestre, enquanto no Índice de Aluguel anterior esse foi o tipo de imóvel que apresentou o maior aumento no trimestre, com 4,9%.
Florença lidera com um aumento de 10%, seguida de Barcelona (9,5%) e Budapeste (7,8%). Os quartos também estão mostrando uma surpreendente estabilização de preços. Haia regista o maior aumento de quartos (7,9%), seguida de Lisboa (7,8%) e Utrecht (6,9%).
As 5 principais cidades com maior aumento por tipo de propriedade:
Apartamentos
- Porto (22,5%)
- Haia (21,1%)
- Valência (18,2%)
- Lisboa (15,8%)
- Utrecht (15%)
Quartos
- Haia (7,9%)
- Lisboa (7,8%)
- Utrecht (6,9%)
- Amsterdã (3,3%)
- Hamburgo (1,7%)
Estúdios
- Florença (10%)
- Barcelona (9,5%)
- Budapeste (7,8%)
- Turim (5,1%)
- Haia (4%)
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Mudanças gerais mais notáveis por país
Apesar da tendência geral de estabilização de preços no trimestre, algumas cidades populares na Europa ainda registraram aumentos de preços trimestrais e anuais acentuados. Os preços nas cidades holandesas continuam subindo neste trimestre, enquanto os proprietários, desenvolvedores e investidores ficam cada vez mais cautelosos sobre as implicações dos esforços regulatórios do governo no mercado imobiliário.
Cidades como Haia e Utrecht registram aumentos consideráveis em todos os tipos de propriedades. Os preços dos apartamentos em Amsterdã estão se estabilizando, mas ainda mostram um alto aumento anual (17,9%). Amsterdã também é uma das poucas cidades a apresentar um aumento de preço trimestral de quartos (3,3%) – resultando em um aumento de 18,8% em relação ao ano anterior para esse tipo de propriedade.
Entretanto, os preços dos estúdios estão a descer em Amesterdã, tanto trimestral (-11,4%) como homólogo (-8,8%), mas ainda assim Amesterdã continua a ser a cidade europeia mais cara para estúdios, com um preço médio de € 1.550 euros.
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Alugar imóveis em Portugal, Itália, Alemanha e na Espanha
As cidades portuguesas continuam a crescer em popularidade e procura, o que impede o abrandamento do aumento dos preços. Lisboa e Porto registram aumentos trimestrais consideráveis nos apartamentos T1 (15,8% e 22,5%, respectivamente) e outras tipologias imobiliárias.
Na Itália, Florença e Turim estão alcançando os preços mais altos do resto do país, com ambas as cidades apresentando um aumento trimestral para apartamentos e estúdios. Os preços em Milão diminuem ou se estabilizam dependendo do tipo de propriedade, e os preços trimestrais em Roma diminuem para todos os tipos de propriedade.
Na Espanha, os preços dos apartamentos em Barcelona, Valência e Madri ainda são mais altos do que no ano passado, e Valência é a cidade espanhola que apresentou o maior aumento trimestral (18,2%). Os quartos estabilizam em Barcelona e Valência, e em Madri até mostram uma queda. Ainda assim, todas as cidades registram aumentos para quartos.
Todas as cidades alemãs analisadas no Rent Index estão incluídas no Top 10 do ranking das cidades com preços de quarto mais elevados, com Munique a ocupar a terceira posição com um preço de € 814 euros. No entanto, apenas Hamburgo ainda registrou alta (de 1,6%) no preço do quarto neste trimestre.
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Sobre o Índice Internacional de Aluguéis (International Rent Index)
O HousingAnywhere International Rent Index chega na sua 20ª edição trimestral do índice de preços de rendas. No último relatório, a HousingAnywhere analisou 64.004 imóveis que foram cotados e receberam interesse de potenciais inquilinos na plataforma em 2022. Os dados apresentados incluem tipos de propriedade, como quartos individuais, estúdios e apartamentos de um quarto localizados em 23 cidades europeias.
Cerca de 95,8% das propriedades listadas estavam totalmente mobiliadas e 58% incluíam contas no aluguel, com todas as listagens voltadas principalmente para atender jovens profissionais e estudantes que se mudavam para o exterior.
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Sobre a HousingAnywhere
A HousingAnywhere é a maior plataforma de aluguel de médio a longo prazo da Europa. A empresa representa mais de 30 milhões de visitantes únicos anuais, mais de 160.000 propriedades disponíveis para aluguel e mais de 100.000 inquilinos encontrando suas novas casas na Europa, com base no desempenho de 2022.
Por meio da plataforma, os inquilinos geralmente reservam estadias mais longas fora de seu país de origem e alugam acomodações por 3 a 12 meses. A HousingAnywhere opera atualmente na maioria das cidades europeias, bem como nas principais cidades dos EUA, estabelecendo sua presença em mais de 125 cidades.
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Alugar apartamento em Lisboa: valores altos afastam nômades digitais
Um estudo anual, que é publicado pela consultora imobiliária Savills, mostra que Dubai se transformou no melhor destino para nômades digitais. A cidade dos Emirados Árabes Unidos ultrapassou a capital portuguesa Lisboa, que até então liderava o ranking em 2022. Porém, como alugar apartamento em Lisboa ficou muito caro, a cidade caiu para a 5ª posição e a dificuldade de encontrar moradia deve afastar trabalhadores remotos.
Através de seus estudo, a Savills avaliou 20 mercados e, de acordo com o portal Idealista, Dubai ocupa agora a primeira posição como destino preferido dos nômades digitais. A cidade é seguida por Málaga, Miami e Abu Dhabi, tendo Lisboa ocupado a quinta posição.
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