Nosso equilíbrio emocional ao morar fora está diretamente conectado ao que escolhemos todos os dias. Como anda seu bem-estar no exterior?
Ao longo da nossa vida temos a chance de aprender a escolher aquilo que é melhor para nossa vida, baseado nas nossas necessidades, expectativas e desejos. Essa realidade é um verdadeiro privilégio e nos coloca em uma posição de atores principais da nossa própria vida morando fora. Quando nos damos conta que nossas escolhas são poderosas e podem influenciar a nossa sensação de bem-estar no exterior, nossa visão se amplia, nossa perspectiva se expande e por fim fortalecemos a nossa autorresponsabilidade.
Será que suas escolhas têm alterado seu bem-estar no exterior?
Não importa o quanto você se sinta indeciso, inseguro ou muitas vezes sem clareza daquilo que precisa fazer, todos nós, sem exceção, escolhemos todos os dias. Precisamos convir que nem todas as pessoas têm a habilidade de escolher “bem”, mas todas elas escolhem.
Quando olhamos para nossa trajetória temos a chance de lembrar de decisões que foram decisivas em nossas vidas. O curso de graduação, o trabalho que escolhemos nos dedicar, os relacionamentos que optamos conviver, o novo país que elegemos para viver e a nova cultura que decidimos aculturar.
Preciso confessar que escolher “bem”, é altamente relativo, como quase tudo nesta vida, não é? Coloco entre aspas, porque elas realmente são necessárias, para nos lembrarmos sempre que cada escolha é individual e as fazemos mediante a nossa visão de mundo. Além da cultura em que crescemos, estímulos os quais somos expostos diariamente e experiências as quais decidimos viver.
Cultive a paciência ao longo do caminho.
Idade não garante maturidade e sabedoria
Sabedoria, experiência, entendimento e bom senso, são pilares fundamentais para embasarmos nossas escolhas. Mas não devemos nos precipitar e associar isso a idade, “quanto mais velho, melhor podemos escolher”, afinal de contas, essa máxima não é verdade e nós já sabemos disso.
Morar fora é uma montanha russa de emoções, há dias alegres, dias tristes, dias cinzas e dias coloridos e para todos eles nos são exigidas escolhas. Quando o assunto é saúde mental no exterior, imigrantes brasileiros precisam estar atentos às suas variações emocionais.
Semanalmente atendo pessoas ao redor do mundo e existe uma realidade comum entre elas, o baixo nível de autoconhecimento. Alguns não conseguem perceber por que estão desanimadas, outras não sabem mensurar seu nível de satisfação com a própria vida. Desse modo, boa parte não sabe identificar sinais físicos de desequilíbrio no corpo e muitos estão completamente desconectados do aqui e do agora, vivendo no ontem e no amanhã, por vezes ao mesmo tempo…
Como vai sua rede de apoio no exterior?
O efeito colateral das suas escolhas
Pare por um momento e tente reparar no efeito colateral que suas escolhas têm sobre seu bem-estar no exterior:
- De que forma suas escolhas te trazem felicidade duradoura?
- Quais são as escolhas que fazem você se sentir inseguro em médio prazo?
- De que modo aquilo que você escolhe te gera tristeza?
- O que continuas escolhendo que só fortalece a percepção distorcida sobre seu próprio valor?
- Escolher permanecer na relação que estás te gera satisfação?
- Continuar escolhendo o que fazer profissionalmente te gera paz?
- Procrastinar tomadas de decisões importantes resolvem a questão agora ou te gera uma falsa sensação de bem-estar?
- A escolha do país em que decidiu estar hoje, te ajuda a avançar rumo ao seu propósito?
- Adiar a decisão da sua partida é realmente o que você deseja?
- Seu ciclo social é realmente o que você precisa para continuar sua evolução ou ainda permaneces preso a necessidade de agradá-los e com isso não consegues partir?
Essas perguntas são tão poderosas que precisei parar por um momento para refletir sobre cada uma delas. Afinal de contas, também sou um homem imigrante que vive realidades parecidas com as de vocês. Nossos papos por aqui são sempre de imigrante para imigrante e estamos juntos nessa busca de uma experiência migratória emocionalmente saudável no exterior.
Por vezes estamos tão preocupados com o que não fizemos e ocupados com o que precisa ser feito, que não temos tempo de parar para pensar… Esses questionamentos que trouxe para vocês são verdadeiros convites, com um intuito único, te levar a refletir sobre como suas escolhas impactam seu bem-estar ao morar fora.
Aprenda a ser o seu autossuporte no exterior.
Decisões acertadas
Enquanto Psicólogo Intercultural tenho aprofundado os meus estudos sobre o movimento migratório de homens brasileiros no exterior e associar toda essa teoria à prática, tem sido uma grande satisfação. Auxiliar as pessoas a tomarem decisões acertadas, usando a experiência que adquiriram ao longo do tempo e os novos recursos que o processo terapêutico pôde proporcionar, é uma realidade inspiradora.
Após quase meia década morando fora pude viver muitas coisas e compreender que minhas decisões impactam diretamente o meu bem-estar e foi pensando nisso que decidi materializar um sonho antigo. A iniciativa do Enfim, imigrei se destina a trazer mais clareza emocional para meus conterrâneos que estão mundo a fora. Auxiliando-os a olharem para si e encontrarem as próprias respostas, fortalecendo assim suas emoções e os conduzindo a trilharem uma jornada com mais equilíbrio e força interna.
Inclusive tive a satisfação de entrevistar nossa querida Amanda Corrêa, aqui do Vagas pelo Mundo, nós conversamos sobre mercado de trabalho no exterior e se você deseja compreender ainda mais sobre o poder das nossas escolhas, essa live se destina a você. Amandinha prometeu tudo e entregou o caminho das pedras, confira.
Bagagem emocional no exterior: a sua te facilita ou atrapalha?
Entenda como fazer escolhas coerentes ao seu bem-estar no exterior
Sem mais delongas, vou revelar para vocês 5 dicas que utilizo para fazer minhas escolhas diariamente no exterior, tendo como base o respeito e proteção ao meu bem-estar:
- Tempo para pensar: a maioria das escolhas que faço são pensadas e muito bem pensadas. Busco não me expor a situações em que me seja requerido uma decisão imediata, embora também esteja preparado para elas, pensar é o segredo padrão ouro.
- Alinhamento ao propósito e objetivos de vida: não faço nenhuma escolha sem antes avaliar se os resultados que alcançarei estarão alinhados a esses dois pilares. Tenho algo em minha mente, aquilo que me afasta de onde desejo chegar, é mera distração.
- Mente descansada e tranquila: minhas escolhas quando estava no Brasil e agora ao morar fora, sempre foram realizadas com a mente descansada. Se não possuo clareza mental ou não consigo enxergar o cenário como um todo, então eu opto por esperar mais um pouco.
- Sentimento de paz: essa é uma prática antiga minha, se não sinto paz, então não escolho. Todas as minhas escolhas, sem exceção, passam por esse filtro.
- Equilíbrio é fundamental: Por fim e não menos importante, se tal escolha vai me gerar ansiedade, estresse, angústia e agitação mental, então prefiro não optar por tal coisa. Meu equilíbrio é muito precioso, por isso escolho me poupar.
Portanto, quando o assunto for seu bem-estar emocional no exterior, aprenda a fazer escolhas que estejam alinhadas com quem você é e com quem deseja ser.
Leia também: Talvez você só esteja emocionalmente destreinado no exterior.
*Caso você deseje me acompanhar pelas redes sociais, sugerir novos conteúdos e conferir mais dicas como essas, acesse o meu Instagram. Fale comigo também pelo WhatsApp.*Ouça também o Podcast Partiu Morar Fora, com Amanda Corrêa e Claudinho Abdo: