Morar fora é um convite para despertar sua existência, não se engane. Tenha cuidado com a inércia no exterior, a vida passa depressa.
A vida está passando tão depressa que muitos nem percebem que estão presos ao passado. Essa realidade se confirma quando temos muita dificuldade em acompanhar os avanços da vida que temos hoje e essa circunstância pode trazer sérios comprometimentos à nossa saúde mental ao morar fora. Viver no exterior é uma experiência tão interessante e sedutora, que podemos nos distrair ao ponto de vivermos inertes, sem grandes avanços e conquistas. Se você em algum momento já se sentiu assim, então essa reflexão vai te auxiliar a pensar melhor, vamos juntos até o fim deste texto.
Cuidado com a inércia no exterior
Inerte é aquele que não tem movimento próprio, que não age ou não tem capacidade para agir. Em alguns momentos da nossa vida no exterior talvez já estivemos inertes, sem nos movermos, sem nos mexermos, sem cuidarmos de nós.
Essa realidade pode acontecer por uma infinidade de fatores: baixo autoconhecimento, desconexão entre mente e corpo, comprometimentos cognitivos. Adoecimento físico, crises financeiras, baixa escolaridade, histórico de péssimas experiências sociais, má adaptação cultural e até por baixo conhecimento sobre a o momento presente.
Morar fora é uma experiência maravilhosa para a maioria das pessoas, temos a chance de conhecer novas pessoas, experimentar novos sabores, aprender novos idiomas, experienciar uma vida profissional diferente do que estávamos acostumados e expandir a nossa visão de mundo.
Todas essas circunstâncias podem nos colocar em um lugar perigoso, a tão conhecida zona de conforto, afinal de contas, tantas coisas ao nosso redor são interessantes, que deixamos de lado a nossa sagacidade, ousadia, criatividade, inovação, senso de urgência e desenvoltura.
Será que vale a pena continuar renunciando quem realmente somos?
Uma nova personalidade no exterior
Aqueles que colocam o pé na estrada terão suas personalidades alteradas, esse fenômeno acontece devido aos estímulos que recebemos e as influências que sofremos diariamente. Então as nossas definições sobre ser bem-sucedido mudarão, assim como a nossa interpretação da realidade e a forma como nos enxergamos no mundo.
A depender do quanto introjetamos da cultura anfitriã, ou seja, a cultura do país que desejamos viver, podemos nos sentir mais ou menos inertes. É por isso que devemos ter atenção às pessoas as quais nos relacionamentos e aos ambientes aos quais nos expomos quando decidimos morar fora, pois eles farão toda diferença ao longo da nossa experiência migratória.
Como manter-se estável em meio ao caos emocional no exterior
Sinais de que você está inerte e nem se deu conta
A depender do seu nível de desconexão com você mesmo, talvez você esteja vivendo uma grande inércia e nem se deu conta. Então resolvi trazer alguns questionamentos para te auxiliar nesta auto apreciação:
- Quais são seus sonhos?
- Qual foi a última vez que você alcançou seus objetivos?
- Quando foi a sua última atualização profissional?
- A forma como lida com suas finanças é igual há 5 anos?
- O modo como gere suas relações afetivas é a mesma do início da sua juventude?
- Sua habilidade de comunicação ainda é precária?
- Sua sociabilidade está em sintonia com seus valores e princípios?
- As pessoas geralmente comentam que você permanece o mesmo e que não mudou nada?
- Sente que sua vida não tem novidade?
- Se acha desinteressante?
- Por fim, está cansado de viver a mesma vida todos os dias?
Essas são perguntas poderosas que por vezes não nos fazemos com frequência, mas refletir sobre elas te auxiliará a se perceber melhor no aqui e no agora. Para pensarmos em nós mesmos precisamos de um tempo de qualidade, ou seja, um momento da gente com a gente mesmo.
Eu sei que morar fora é eletrizante e por vezes a vida passa muito depressa, mas hoje lhe convido a desacelerar e a compreender que você precisa ser a sua própria prioridade, afinal de contas, não se colocar em primeiro lugar lhe trouxe para essa posição, inerte.
A vida exige movimento
Eu e você precisamos ter em mente que a vida exige movimento, sabe quando tentamos fazer alguns alongamentos e nosso corpo não responde como desejamos? Pronto, é nesse momento que devemos compreender o quanto a flexibilidade é necessária em nossas vidas.
Se você não tem um bom relacionamento com seu corpo físico, imagino como esteja a relação com suas emoções e pensamentos. Conheço pessoas que não se importam com a saúde física, tampouco com a saúde mental, comportamento esse de auto abandono, sendo assim um caminho mais próximo para o comprometimento do nosso plano migratório.
Viver no exterior virou um pesadelo e agora?
Entenda como sair da inércia
Se após ler esse texto você se identificou com boa parte dele, então vou te dar alguns caminhos para sair da inércia no exterior:
- Resgate seus sonhos, por vezes deixamos de sonhar pela falta de tempo de pensarmos em nós mesmos;
- Estabeleça objetivos claros e metas alcançáveis, sem isso ficará difícil chegar aonde deseja;
- Quem são seus conselheiros? Se não fores bem orientado, certamente se sentirá perdido;
- O que você precisa fazer e segue procrastinando? Estabeleça um prazo e realize;
- Suas companhias possuem o mesmo propósito que você? Não se distraia;
- Qual foi a última vez que você parou para se atualizar? Ferramentas antigas não funcionam mais;
- As histórias que você tem se contato todo esse tempo renovam suas forças e esperança? Caso sim, sugiro mudar o repertório;
- De que forma você se recompensa pelo bom trabalho e conquistas? Crie esse ritual em sua vida, você merece e precisa;
- Você reclama mais do que realiza? Foco naquilo que pode ser feito;
- Você está focado na escassez ou prosperidade? Elas não andam juntas, esteja atento.
Entenda como a resiliência pode auxiliar a sua permanência no exterior
A vida é agora: não perca tempo
Só poderemos sair da inércia ao morar fora quando nos dermos conta que não estamos nos movendo e para que isso seja possível você precisa fortalecer o autoconhecimento e a forma como se enxerga. Se não exercitar pensar diferente, dificilmente alcançará o que deseja e certamente você já percebeu isso. Mas na ausência de ferramentas acaba correndo sem sair do lugar, como na rodinha dos hamsters.
Eu quero ficar no exterior, mas ele (a) quer voltar e agora?
*Caso você deseje me acompanhar pelas redes sociais, sugerir novos conteúdos e conferir mais dicas como essas, acesse o meu Instagram. Fale comigo também pelo WhatsApp.*Ouça também o Podcast Partiu Morar Fora, com Amanda Corrêa e Claudinho Abdo, disponível em diversas plataformas de streaming: