Engenheiro nos Estados Unidos
Foto: Reprodução Huffpost

Confira a entrevista exclusiva com um engenheiro automotivo que trabalha em uma empresa global.

Trabalhar nos Estados Unidos é o sonho de muitos brasileiros e a área de engenharia é um dos setores que mais contratam profissionais em todo o mundo. Um engenheiro de São Paulo foi convidado para trabalhar em Detroit e não pensou duas vezes em se mudar para os Estados Unidos. O convite surgiu após já trabalhar na área de indústria automotiva há 22 anos. Se você sonha em trabalhar como engenheiro nos Estados Unidos, confira nessa entrevista, os caminhos que o engenheiro Wesley Marchetti traçou ao longo de sua carreira.





1) Há quanto tempo você é engenheiro?

Sou formado desde 2006 (10 anos), porém trabalho na área de engenharia há 22 anos na indústria automobilística.

Wesley Marchetti2) Como surgiu o convite para trabalhar nos Estados Unidos?

O convite surgiu após conversas com meu gerente global. Sempre mantive conversas acerca do meu interesse em adquirir experiência internacional e quando a vaga foi aberta ele decidiu por me convidar.

3) Como foi sua  preparação profissional para chegar onde está hoje? Você estudou inglês? Como foi sua dedicação?

Tenho 22 anos de experiência profissional atuando na indústria automobilística nas áreas de Qualidade, Manufatura e Desenvolvimento de Produto. Comecei minha carreira na extinta Autolatina (Joint Venture entre a Ford e a VW na América do Sul) na divisão Ford de Caminhões. Além dessa, tive a oportunidade de trabalhar na Volkswagen (Veículos), Grupo Valeo (antiga Cibie, fornecedora de faróis de lanternas), GM-Fiat (Foi uma Joint Venture entre as duas empresas na América do Sul) e finalmente retornei para a Ford, onde me encontro atualmente. Posso dizer que toda essa bagagem me ajudou a chegar hoje aqui nos Estados Unidos. Durante muito tempo tive que me dedicar ao estudo de inglês. Nos anos 90 isso era um diferencial, hoje é mandatário para um engenheiro o aprendizado e domínio de uma segunda língua.

4) Há quanto tempo está no Estados Unidos e qual sua função e cargo?

Estou a um ano no time dos Estados Unidos. Hoje atuo como responsável Global pelo Processo de Benchmarking e também sou responsável pelo gerenciamento das atividades de Teardown da América do Norte (EUA e Mexico).

5) Como foi recebido na empresa americana? É fácil fazer amizades?

Fui muito bem recebido. Conta a meu favor o fato de já fazer parte desse time há mais de 5 anos. Anteriormente eu atuava como representante da América do Sul no time global de Benchmarking. Hoje sou o responsável. Foi fácil fazer amizades, sim. Os americanos possuem uma cultura diferente da nossa, mas sempre foram muito educados e receptivos.

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6) Você e sua família estão adaptados nos Estados Unidos?

Totalmente adaptados. Minha esposa trabalha na Ford também e esta aproveitando a oportunidade. Meu filho passa o dia na escola e esta totalmente adaptado ao idioma.

8) A sua empresa te ajudou a fazer o visto  de trabalho (sponsor)?

Sim, minha empresa ajudou em todo o processo. Na verdade vale um esclarecimento. A Ford, para funcionários em Assignment Internacional por período determinado (somos chamados ISE – International Service Expatriate e o tempo de assignment varia entre 1 a 5 anos dependendo da necessidade da empresa), providencia e suporta toda documentação. Isso é valido para vistos tipo L1A, L1B e L2. Para o visto definitivo (Green Card), a Ford não assume a responsabilidade como sponsor.

9) Você sabe outras empresas que ajudam a fazer o visto de trabalho para os brasileiros?Sim, conheço muitos casos de brasileiros que estão aqui e que as empresas se tornaram sponsors.

10) Qual a sua dica para um engenheiro ou outros profissionais da área automobilística conseguirem um emprego nos Estados Unidos?

Primeira e mais importante, aprenda o idioma! Parece simples mas se comunicar e fundamental para quem tem o anseio de morar fora, seja em qualquer lugar fora do Brasil.

Segundo, se você trabalha em uma empresa global, converse com seu gerente global. Ele nunca vai poder te ajudar se não souber dos seus anseios (funciona em muitos casos). Caso você não trabalhe em uma empresa global ou não esteja trabalhando, procure focar a sua área de atuação. Vejo muitos exemplos de pessoas “atirando para todos os lados” e isso é algo que não é muito bem visto por aqui. Eles são e preferem pessoas focadas.

Terceiro e não menos importante, busque seu visto de trabalho. As leis americanas proíbem contratações sem o devido visto.

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Amanda Corrêa é uma jornalista brasileira que mora no exterior há 11 anos. Possui Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho (Portugal). Morou na Inglaterra e atualmente reside em Portugal. Atua na área de Jornalismo, produção de conteúdos e mídias sociais. Com seu trabalho, ajuda brasileiros e estrangeiros a morarem fora do país e realizarem seus sonhos!

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