Cidades baratas para nômades digitais na Europa
Cidades baratas para nômades digitais – Foto: Canva.

Conheça as cidades baratas para nômades digitais na Europa com custo de vida mais baixo e opções de moradia.

Trabalhar como nômade digital é ter um trabalho flexível em termos de localização. Você pode trabalhar remoto e até mesmo solicitar um visto de nômade digital para diversos países europeus. A Europa possui países bem diferentes em termos culturais, de geografia, estilo e custo de vida. Regiões do Leste europeu e outras partes menos centrais do continente têm se destacado como opções atraentes para quem quer equilibrar trabalho, qualidade de vida e orçamento.

Cidades baratas para nômades digitais na Europa

Veja a lista de algumas das cidades com custo de vida mais baixo para trabalhar como nômade digital na Europa:

Sofia (Bulgária): Leste europeu com tecnologia e custo baixo

Sofia surge na lista como uma das cidades mais baratas da União Europeia para nômades digitais. Segundo o especialista Salvador Ordorica, a capital búlgara oferece um custo de vida entre os mais baixos do bloco, aliado a políticas fiscais favoráveis, como a taxa de imposto de 10% para rendimentos fixos e alta conectividade. Além disso, há uma boa rede de coworkings e espaços para freelancers, fortalecendo a comunidade remota local.

Segundo outros guias, o aluguel de um apartamento de um quarto no centro de Sofia pode ser muito mais acessível comparado a capitais da Europa Ocidental.

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Budapeste (Hungria): cidade histórica e economia para trabalhadores remotos

Budapeste é frequentemente citada em rankings de destinos econômicos para trabalho remoto. De acordo com a Coliving Guide, o custo médio mensal para um nômade digital gira em torno de US$  1.178, cobrindo moradia, transporte, alimentação e coworking. Já no site RemoteNomads, estima-se que viver confortavelmente em Budapeste, incluindo aluguel de um apartamento de um quarto no centro, custe em média entre US$  1.200 e US$  1.800. 

A cidade também conta com arquitetura histórica, banhos termais e muitas startups em crescimento, o que a torna muito atrativa para profissionais que valorizam cultura e infraestrutura moderna.

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Timisoara (Romênia): história na Europa com boa conexão  

Timisoara, no oeste da Romênia, tem ganhado atenção como cidade barata e conectada para nômades digitais. Segundo o ThriveNomad, o custo de vida mensal na cidade pode variar entre US$ 800 e US$ 1.000, com internet muito rápida (a Romênia está entre os países com velocidade mais alta na Europa) e boas opções de espaços de coworking

Além disso, a Romênia oferece vistos que favorecem trabalho remoto. O país europeu tem programas que permitem estadias prolongadas para freelancers.

Plovdiv (Bulgária): uma das cidades mais antigas da Europa com preços bons 

Nomade digital Plovdiv
Nômade digital Europa (Plovdiv) – Foto: Canva.

Outra opção de cidade para morar na Bulgária é Plovdiv, uma das cidades mais antigas da Europa, mas também uma das mais acessíveis para nômades digitais. De acordo com o ThriveNomad, os custos de vida na cidade variam entre US$  700 e US$  950 por mês e com velocidades alta de internet.

Plovdiv combina patrimônio cultural com modernidade: seus cafés, coworkings e espaços de convivência são bem adaptados para profissionais remotos, oferecendo um equilíbrio interessante entre trabalho e qualidade de vida.

Vilnius (Lituânia): capital europeia criativa e econômica

Vilnius, na Lituânia, aparece como uma opção cada vez mais valorizada. Segundo o blog Grey, o custo de vida na cidade é significativamente inferior ao de outras capitais europeias, com preço médio de € 400 euros por mês, dependendo da localização. A internet é razoavelmente boa, e há espaços de coworking para quem gosta de trabalhar em ambientes dinâmicos e com profissionais de diversas áreas.

Para nômades que buscam uma cidade com charme histórico, boas conexões e preços acessíveis, Vilnius pode ser uma opção na Europa do Norte.

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Tallinn (Estônia): inovação digital e muitas startups 

Tallinn se destaca por sua infraestrutura digital avançada e espírito de startup. Apesar de não ser tão barato quanto outras cidades do Leste Europeu, continua uma opção muito competitiva para nômades que valorizam tecnologia e conectividade.

Segundo a MightyTravels, o custo estimado para se viver em Tallinn pode girar em torno de € 1.350 por mês, inclusive para quem escolhe morar na parte antiga da cidade. 

Além disso, a Estônia é um dos países mais inovadores quando se fala em governo digital, o que facilita muito para trabalhadores remotos: serviços públicos, empresas e gestão de negócios podem ser feitos digitalmente com mais facilidade do que em muitos outros lugares.

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Dicas para começar uma carreira como nômade digital

Se você está pensando em se tornar nômade digital e usar algumas dessas cidades como base, o primeiro passo é pesquisar sobre as opções de vistos e custo de vida. Depois disso, identifique suas habilidades. Por exemplo: programação, marketing digital, design, serviços de tradução, vendas remotas ou ensino online são áreas com demanda. 

Em seguida, crie presença em plataformas como Upwork, Fiverr ou LinkedIn para captar clientes internacionais. Importante também é montar um planejamento financeiro, considerando seus custos mensais no país escolhido, e reservar uma margem para imprevistos (como saúde, seguro ou variações de câmbio). 

Por fim, assim que estiver em uma cidade-alvo, faça contatos com a comunidade local de nômades: use coworkings, grupos de Meetup e redes sociais. Isso não só ajuda no networking, como também amplia suas oportunidades de trabalho e parcerias.

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Cidades baratas para nômades digitais: morar no interior 

Enquanto muitos nômades digitais se concentram nas grandes capitais ou destinos de praia, uma opção é busca o interior da Europa. Regiões rurais menos exploradas estão atraindo profissionais remotos em busca de um estilo de vida mais calmo, preços mais baixos e uma forte ligação com a natureza. 

Veja algumas opções de cidades no interior da Espanha e na Itália que aparecem como opções para quem trabalha online (principalmente com sua própria internet móvel).

Valle de Ambroz (Espanha): interior mediterrâneo com incentivo ao home office

No interior da Espanha, a região de Extremadura, especificamente o Vale de Ambroz, tem atraído grande atenção. Por meio de um programa de incentivo, autoridades locais oferecem aos nômades digitais até € 15.000 para se mudarem para a região por pelo menos dois anos. 

O Vale de Ambroz é composto por pequenas vilas históricas, paisagens e uma vibe bem tranquila, longe do turismo de massa. Essa iniciativa busca revitalizar zonas despovoadas, ao mesmo tempo em que oferece aos profissionais remotos uma oportunidade de viver com custos mais baixos, menos pressa urbana e mais contato com a natureza.

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Cidades baratas para nômades digitais: Irsina (Itália), morar no interior da Basilicata

Descendo para a Itália, Irsina, no interior da região de Basilicata, se destaca como um dos destinos menos convencionais. Com cerca de 5.000 habitantes, a pequena cidade tem casas de pedra, ruínas antigas e uma comunidade local bem acolhedora. 

Irsina, embora seja mais remota, tem apelo para nômades que não se incomodam de estar distantes dos grandes centros urbanos: a conexão com a natureza é intensa, a paisagem rural é inspiradora e o custo de vida pode ser significativamente mais baixo que nas grandes cidades italianas.

Embora ainda não haja programas oficiais de visto especificamente para nômades digitais em Irsina, a cidade representa um exemplo de slow living no interior da Itália que muitos profissionais remotos consideram para temporadas mais longas ou como base fixa.

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Amanda Corrêa é uma jornalista brasileira que mora no exterior há 11 anos. Possui Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho (Portugal). Morou na Inglaterra e atualmente reside em Portugal. Atua na área de Jornalismo, produção de conteúdos e mídias sociais. Com seu trabalho, ajuda brasileiros e estrangeiros a morarem fora do país e realizarem seus sonhos!

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