
Portugueses desistem do Brasil e a entrada dos cidadãos do país europeu em solo brasileiro está no mínimo histórico. Saiba tudo!
Em 2024, Portugal representa uma das nacionalidades com menor presença entre os imigrantes que entraram no Brasil. Aliás, isso consolida uma tendência de forte queda nas intenções dos portugueses que querem viver no ‘país-irmão’. Por isso, de maneira geral os portugueses desistem do Brasil apontando questões de segurança e de economia. Saiba mais!
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Portugueses desistem do Brasil
Segundo o Observatório da Emigração, somente 476 portugueses entraram no Brasil em 2024, o menor número desde o início da pandemia. Aliás, a soma representa apenas 1,3 % do total de 37.302 entradas de estrangeiros contabilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública brasileiro.
Aliás, os portugueses desistem do Brasil por conta de temas como segurança e economia são citados pela imprensa portuguesa como principais fatores que afugentam potenciais emigrantes. Dessa maneira, este movimento representa um ponto de virada nos laços migratórios e merece ser acompanhado com atenção.
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Panorama do fluxo migratório em queda
Segundo dados e estatísticas oficiais, em 2024, apenas 476 portugueses entraram legalmente no Brasil, o que representa uma proporção ínfima entre os fluxos migratórios. Aliás, esse número é o menor registrado desde os anos da pandemia, muito inferior aos índices pré‑pandemia.
Contudo, quando comparado com o cenário europeu, Portugal registra reduções similares em outras rotas migratórias como Países Baixos, Luxemburgo, Austrália e França no mesmo período. Além disso, a comunidade portuguesa no Brasil também diminui: em 2022 foram estimados 104.345 portugueses residentes, queda significativa ante os 137.973 de 2010.
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Por que os portugueses estão desistindo de morar no Brasil?
Existem alguns motivos apontados pela imprensa portuguesa. Por exemplo, em matéria do jornal Público, as questões ligadas à insegurança e à crise econômica no Brasil estão desincentivando novos fluxos migratórios de portugueses. Além disso, o custo de vida no Brasil, a violência urbana e a instabilidade política são frequentemente mencionados como barreiras.
Contudo, o envelhecimento da o população portuguesa no Brasil é constante. Dessa maneira, sem reposição por novos imigrantes ou nascimentos, os estímulos de migração futura diminuem. Aliás, a quantidade de associações e redes de apoio também diminuem conforme o fluxo migratório desacelera. Por isso, as consequências demográficas e sociais são importantes.
Sendo assim, a maioria dos portugueses residentes no Brasil tem 65 anos ou mais, com poucos jovens substituindo essa comunidade envelhecida. Por isso, ao longo de décadas, o fluxo entre os dois países se inverte: hoje existem muito mais brasileiros em Portugal (mais de 500 mil em 2023) do que portugueses no Brasil.
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Reversão do balanço migratório
Em 2023, o número de brasileiros residindo legalmente em Portugal supera os 500 mil, enquanto a comunidade portuguesa no Brasil diminui continuamente. Ou seja, esse contexto reforça uma inversão clara na migração histórica entre os países. Por isso, o Observatório da Emigração destaca que o movimento migratório para o Brasil está em níveis mínimos desde a pandemia.
Além disso, o órgão observa que esse quadro pode persistir enquanto não houver mudanças significativas nos indicadores sociais brasileiros. Sendo assim, os dados trazem implicações para políticas públicas. Por exemplo, a queda na demanda por migração ao Brasil pode reforçar ações de retorno ou repatriamento por parte de Portugal, embora atuais políticas do governo estejam mais focadas em limitar fluxos de entrada no país europeu.
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Comparativo histórico de fluxos migratórios
Em termos históricos, os números que já foram elevados, hoje se resumem a fluxos residuais. Dessa maneira, antes de 1960, milhões de portugueses foram para o Brasil e, para você ter uma ideia, em 1929 cerca de 655.706 portugueses viviam no país, uma comunidade significativa e relevante.
Entretanto, a partir de 2000, esse número cai para 213.203, em 2010 para 137.973 e em 2022, para 104.345 de acordo com o Jornal Público.
Sendo assim, existem um desequilíbrio que, em contraste com os fluxos decrescentes para o Brasil, o número de portugueses vivendo na Europa ou outros países tem se mantido mais estável. Já os brasileiros em Portugal agora superam em número os portugueses no Brasil, acelerando o desequilíbrio populacional migratório.
Contudo, até existe uma possibilidade de reversão, porém depende da estabilização ou recuperação depende de fatores como segurança. Além disso, do crescimento econômico, oportunidades profissionais e políticas de acolhimento eficazes no Brasil. Entretanto, até que mudanças ocorram, portugueses desistem do Brasil e os fluxos migratórios de Portugal para o país da América do Sul continue no mínimo histórico.
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Portugueses desistem do Brasil
Por fim, a ida de portugueses para o Brasil volta para valores historicamente baixos em 2024. Aliás, somente 476 entradas estão registradas e os dados refletem uma tendência clara de retração. Dessa maneira, os motivos principais são a insegurança econômica, riscos sociais e envelhecimento da comunidade portuguesa no Brasil.
Além disso, a inversão dos fluxos populacionais é uma realidade e atualmente mais brasileiros residem em Portugal do que portugueses no Brasil. Ou seja, uma sinalização importante de uma transformação nas dinâmicas migratórias entre os dois países. Sendo assim, é um cenário que reforça a necessidade de políticas públicas adaptadas e um acompanhamento atento das motivações que podem reverter ou consolidar esse movimento.
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