Vá mesmo, porque quando você se der conta a vida já passou.
Vá morar fora para tentar entender o mundo, para se perder ou quem sabe se encontrar. Vá para perceber que você consegue tranquilamente viver com um par de tênis e um par de chinelos e que uma gravata bonita ou um vestido de festa são importantes, mas uma mochila reforçada e roupas confortáveis são essenciais.
Vá morar fora para se dar conta de que o seu armário está muito cheio e que aquela coisa que você dá tanto valor, na verdade, não tem valor algum. É apenas e tão somente uma coisa. Vá para dar mais valor a uma despedida, mas principalmente para saber aproveitar cada segundo dos reencontros.
Vá morar fora para morrer de saudade, mas também para aprender a lidar com ela. Vá para ter a oportunidade de se descobrir e porque talvez você ainda não saiba, mas você é muito mais forte do que pensa e é capaz de se virar em qualquer lugar. Vá para querer voltar ou vá para nunca mais voltar, deixe a vida caminhar e as coisas acontecerem.
Vá morar fora para se mudar, mas vá especialmente para mudar. Vá para aprender a comer qualquer coisa, para parar de reclamar de tudo, para começar a agradecer mais do que a pedir quando fizer a sua oração. Vá para aprender um novo idioma, mas vá também para conhecer novas pessoas e fazer amigos.
Vá morar fora para experimentar, mas vá de coração aberto para que uma outra cultura possa mostrar que também é tão legal e interessante como a sua. Vá para uma cidade nova e tente conhecê-la sem mapa, vá para que você comece a permitir e a aceitar os seus erros, mas também para saber reconhecer suas vitórias e conquistas.
Morar fora: a jornada de quem não pode fracassar.
Vá morar fora e deixe o vento de uma praia deserta bater no seu rosto, vá para um outro país e você verá que logo encontrará coisas nele que são muito diferentes, mas que também são suas. Vá para fazer a sua vida ter sentido, mas não vá procurar a felicidade, pois ela está em você e não em outra cidade, estado ou país.
Vá morar fora para ter certeza que você não sabe de nada, mas vá para ter a compreensão de que já sabe muito mais do que você imagina. Vá para que uma cama boa e um banheiro limpo se torne meta de vida e não apenas uma certeza. Vá para mudar de ideia, vá para ter uma grande ideia ou simplesmente vá e lá você vê o que acontece.
livro “Morar Fora: sentimentos de quem decidiu partir”
Vá morar fora, mas se planeje para isso. Ou vá sem planejamento, mas tenha a consciência que são caminhos totalmente diferentes. Vá, mas nunca esqueça de onde veio, pois é só indo que a gente descobre que nós somos de todos os lugares, mas que no fim não somos de lugar algum. Vá morar fora para presentear os seus olhos com belas paisagens, para se desconectar ou encontrar uma conexão.
Vá morar fora porque a vida é muita curta para se resumir a boletos e contas. Vá para você entender que a vida é feita de pequenas coisas que, quando estamos na nossa zona de conforto não damos bola. Especialmente porque estamos sempre pensando nas grandes realizações. Vá para contar moedas, vá para converter dinheiro, vá para parar de dar tanta bola para a grana. Ela ajuda, mas não é tudo. Nem de longe.
Morar fora: mudar não é tão difícil quanto aceitar que algo acabou.
A vida passa num instante
Vá morar fora para passar dificuldade, ou vá somente para desfrutar de tudo o que já conquistou. Vá para amar, vá para relaxar, vá para pensar, vá para ficar só, mas vá. E vá mesmo, porque quando você se der conta a vida passou e você ainda não perdeu o medo de ir e acabou que nem vai mais. Vá hoje, vá amanhã, vá quando der, mas vá morar fora.
Vá morar fora, porque quando a gente vai a gente se sente tão grande, mas nota que na verdade é do tamanho de um grão de mostarda. Vá para rir, vá para chorar, vá para ter dias, meses ou anos de total intensidade. Vá para desenvolver empatia, vá para perder o medo, vá para ser alguém melhor.
Vá morar fora, vá viajar, vá trabalhar em outro país, vá para buscar tranquilidade, vá para visitar novas cidades, vá para cruzar com gente do mundo todo. E é somente indo que notamos que somos todos tão diferentes, mas que a bem da verdade é que somos muito mais iguais do que jamais imaginamos.
No fim das contas quando a gente vai morar fora a gente se dá conta de que dessa vida não levamos nada e que se tem uma coisa que vai sobrar disso tudo serão as experiências, os sorrisos, as lágrimas, as angústias, as conquistas e a satisfação em ter, independentemente da idade, entendido como é o jogo da vida. Acredite ou não, mas o tal do “nascer, crescer, envelhecer e morrer” ficará à olhos vistos e à corações sentidos.
Morar fora: as vezes a gente só precisa de um abraço.
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1 comentário
É a pura verdade o que você escreveu. Traduziu em palavras o que muitos de nós sabemos, ou não sabemos, porém deveríamos saber. Lindo texto. Saudades de vocês. Beijos.