Quanto mais conhecimentos tivermos, mais saudável poderá ser a vida no exterior. Tenha cuidado com a sua pesquisa para sua jornada migratória e mudança de país.
Venho refletindo nas últimas semanas sobre a velocidade em que as coisas estão acontecendo e como isso tem influenciado a nossa percepção sobre as circunstâncias. Estamos a todo momento sendo conduzidos a consumir coisas e informações o mais rápido que pudermos, estamos com tanta fome de saber de tudo, que me parece que estamos deixando o nosso senso crítico de lado.
A desinformação é o maior inimigo da jornada migratória saudável e se continuarmos nos conectando a partes das histórias que os migrantes contam, estaremos fadados a nos sentirmos perdidos no futuro.
Desinformação pode comprometer a sua jornada migratória
As migrações entre países sempre existiram e morar fora sempre foi um desejo de muitas pessoas. Já conversamos aqui sobre os grandes motivos deste tráfego entre nações e porque tantos brasileiros decidem colocar o pé na estrada.
Os dias estão tão corridos e o tempo está tão escasso, que parece que aqueles que nos oferecem uma mínima sensação de esperança e uma fantasia de uma vida diferente, parece que somos seduzidos e convencidos, sem nos questionarmos muito se tudo isso faz sentido para nós.
Um exemplo clássico disso é quando repassamos algumas informações para nossos familiares e amigos, quantas vezes nos questionamos da veracidade de tal notícia ou fato? Quantas vezes estamos propagando fake News e nem nos damos conta? Quantas vezes estamos tão cansados, que simplesmente passamos adiante sem nos importarmos muito com o impacto de tal atitude.
O que você busca no exterior? Quando a imigração pode melhorar a sua vida.
Impulsividade e cansaço
Confesso que tenho percebido as pessoas cada vez mais cansadas e essa é uma realidade que é indiferente a classe social ou país em que o sujeito esteja inserido, estamos tão distantes do que é essencial, que o excesso nos absorve, principalmente morando fora.
A desinformação é a maior inimiga da jornada migratória saudável e porque trago essa afirmação para vocês? Pelo simples fato que tenho observado o comportamento impulsivo, ansioso e imediatista de muitos brasileiros que decidem morar fora ou continuar morando.
Estamos alicerçando decisões importantes baseadas em recortes das vidas de pessoas que acompanhamos e admiramos. O que certamente é bastante perigoso para nosso processo migratório.
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Informação é a chave para morar fora
Aqueles que decidem morar fora ou continuar morando, precisam convir que a informação é a chave para uma vida com mais clareza e tranquilidade. Somos influenciados a todo momento por tudo que está à nossa volta e se você escolheu bem as experiências que lhe cercam, isso não será um problema.
Para se manter bem informado é importante escolher boas fontes para se nutrir; pesquisadores, especialistas, comentaristas, portais de notícias com menos viés, influenciadores mais alinhados com seus princípios e claro, refletir o quanto você está disposto a ouvir os dois lados da verdade, ou seja, a parte boa e a má.
Por vezes ao morar fora ou nos mantermos no exterior, fechamos os nossos olhos e ouvidos para certas verdades difíceis de engolir e aceitar. Você que deseja sair do Brasil, imagine comigo, a maioria das pessoas que você acompanha virtualmente demonstram ter uma vida leve, fluída, próspera e livre de preocupações, estão sempre felizes, bem acompanhadas e por vezes viajando bastante.
Existe lua de mel ao morar fora?
Observando de fora toda essa realidade, não há quem se anime não é? Mas, a parte que nós não vemos, sobre as dificuldades e perrengues, representa o restante da ponta do iceberg que foi postado e compartilhado.
Se você já colocou o pé na estrada e vive no exterior há algum tempo, certamente já vivenciou a lua de mel e se afastou um pouco da fantasia que muitas vezes é criada sobre morar fora. A desinformação também pode nos acometer quando estamos na condição de imigrante e posso me incluir nesta posição também.
A depender da cultura que vivemos, dos perrengues que passamos e da saúde mental que possuímos, podemos enxergar a nossa realidade de modo distorcido e disfuncional. Focando somente naquilo que nos interessa e beneficia, desconsiderando as realidades paralelas e alternativas.
A desinformação surge quando não conhecemos os nossos direitos, quando estamos por fora das questões fiscais, quando não sabemos a quem pedir ajuda e quando tentamos nos adaptar tanto ao país em que decidimos viver, que nos afastamos de quem somos, perdendo assim a nossa identidade original.
Você já refletiu sobre seus motivos para mudar de país?
Moral da história
O segredo da jornada migratória consiste em compreendermos como podemos ter o máximo de informações para que não sejamos enganados em nenhum momento ou talvez para reduzirmos esse risco diante do nosso processo de mudança de país.
Morar fora exige de cada um de nós consciência, segurança, clareza, autoconhecimento e acima de tudo, compreensão sobre o que estamos fazendo e o que podemos fazer. Às vezes estamos tão distante de quem somos, que nos sentimos imóveis, sem conseguir nos movermos para direita, nem para a esquerda.
O nosso passado é uma parte importante do nosso momento presente, assim como o futuro tem o seu valor, mas o que todos nós precisamos compreender é o poder do aqui e do agora, afinal de contas ele é um verdadeiro presente e precisa ser aproveitado com sabedoria.
Se concentrar no ontem e viver um eterno arrependimento nos paralisa, viver o amanhã e tentar antecipá-lo, nos congela, então uma excelente alternativa é nos concentrarmos no dia que temos hoje e vivê-lo com a máxima intensidade que pudermos. Compreendo que esse seja um exercício difícil, mas qual foi o último momento fácil que vivestes?
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O preço da desinformação é mais caro do que o da informação, claro que informar-nos vai nos colocar fora da nossa zona de conforto, precisaremos fortalecer a nossa autorresponsabilidade de deixarmos de terceirizar aos outros, aquilo que somente nos compete.
Estamos tão acostumados a sermos superficiais naquilo que desejamos, que por mais intenso que possamos ser, ainda precisamos encontrar meios e formas de aprofundarmos nos assuntos que nos dizem respeito ou deveriam dizer.
Não há mais tempo para continuarmos colocando na mão dos outros o direito de influenciar as nossas vidas, se você busca ter uma vida diferente, comece por reconquistar a sua autonomia e independências, assuntos esses que também já falamos por aqui.
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