Morar no exterior pode ser maravilhoso, mas nem todos os dias seguimos firmes. As vezes a gente só precisa de um abraço.
*Texto atualizado em 28 de setembro de 2022.
Morar fora é massa. São 1000 novidades, tudo é diferente, os dias nunca se repetem e a gente aprende a cada segundo. Morando fora, a gente deixa de ser de um lugar só e passa a ser do mundo. Porém, geralmente é um caminho solitário e, às vezes, a gente só precisa de um abraço.
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Morar fora: as vezes a gente só precisa de um abraço
A maluquice de deixar a nossa zona de conforto produz diferentes sentimentos. E o mais louco nisso tudo é que a gente acaba descobrindo que perdeu o medo. Tudo mudou e a nossa vida deu um giro, mas, na verdade, fomos nós que mudamos e, talvez, ainda nem tenhamos nos dado conta disso.
A correria é tão grande que o nosso cérebro cansa de processar tanta informação. É que não foi só a mudança (que já é coisa pra burro), é também ter que encarar um outro idioma, ter que decorar outras senhas, outro código postal, outros telefones. Além disso, a gente ainda precisa entender que a nossa vida recomeçou e que precisamos viver aqui e não lá e, às vezes, a gente só precisa de um abraço
E os dias vão passando, entra mês, muda ano e a correria nunca acaba. A nossa maior luta é para nos tornarmos logo daqui para parar de sentirmos saudade de lá, é tocar a vida aqui, sem lembrar da de lá, é ter resiliência e garganta larga para engolir uns sapos enormes de gordos que nós nem imaginávamos que conseguiríamos.
Morar fora: ou você muda ou você volta.
Se prepare emocionalmente para morar fora
É louco, mas é massa. É cansativo, mas vale a pena. Tem dias que dá vontade de chorar, às vezes, a gente pensa em desistir, mas quando as peças do nosso novo quebra-cabeça gringo se encaixam, a gente tem vontade de sair berrando de tanto orgulho! É um milk-shake de sentimentos batidos na velocidade máxima.
Porém, apesar de sermos extremamente corajosos e destemidos, às vezes a gente só precisa de um abraço. E não é um abraço qualquer. É o abraço de pai, de mãe, de irmão, do melhor amigo. Aqueles abraços a juro zero, reais, sinceros, na medida. Não, a gente não vai morrer, afinal de contas a bem da verdade, é que a gente aprendeu a viver sem esses abraços, mas que, às vezes, fazem falta… oh se fazem!
Leia também: morar fora é estar em outra dimensão.
Morar fora: não romantize sua saída do Brasil
Já disse outras vezes e repito sem medo: morar fora é para todo mundo, só não é para qualquer um. E digo isso porque, com a internet, o que mais vemos é uma romantização extrema da vida no exterior, é um tal de “dourar a pílula”, que a verdade é esquecida e deixada de lado.
Não, a vida de um imigrante NÃO É FÁCIL. Não pense que, por receber o seu salário em dólares, libras ou euros, você terá moleza. Não terá. Você ganha nessas moedas, mas também gasta nelas. É zero a zero, elas por elas. Vá morar fora, mas vá sabendo que terá que lutar igual, ou muito mais do que já luta hoje e, além de tudo isso, às vezes, a gente só precisa de um abraço.
Morar fora: uma chance para recomeçar.
Tenha expectativas realistas
E o não dourar a pílula passa por colocar as expectativas dentro da realidade. Claro que você terá mais qualidade de vida, menos violência e um poder de compra maior. Porém, morar no exterior exige resiliência, humildade e muita paciência. A resiliência é para aprender a apanhar e criar casca dura.
A humildade é para perceber que, no exterior, muitas vezes, para dar um passo para frente, é necessário dar 10 para trás. E, finalmente, paciência para compreender a nova cultura, o novo idioma, os costumes e o mercado de trabalho que é, com certeza, totalmente diferente no exterior.
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Vá prevenido
Vá morar em outro país, saia da sua zona de conforto, se desafie. Mas vá sabendo que não é fácil, mas que vale a pena. Se mude para mudar, aproveite a experiência, mas não se iluda. Ser imigrante é caminhar por estradas que, muitas vezes, não foram utilizadas, é desbravar caminhos que ainda não foram explorados.
Se previna e cuide, especialmente, da sua saúde mental. Não dê chance para a tristeza, não esmoreça na dificuldade e tente encontrar a sua paz no meio da tormenta. É bom ir, mas é excelente ir com prevenção, sabendo que será exigido de você algo que, talvez, ainda não tenha sido pedido.
Morar fora: quando perdemos alguém.
Os maiores desafios de ser um estrangeiro
A lista dos maiores desafios de ser um estrangeiro é imensa. Começa pela língua, passa pelo clima, conversão de moeda, cultura, leis, sociedade, educação, segurança. Enfim, são esses, e tantos outros, os desafios de ser um imigrante. Porém, é possível se adaptar, mas cada um leva o seu tempo.
Aqui, novamente, trago a humildade como mote. Compreender todas as mudanças, e muitas são profundas (a maioria delas), exige humildade. Ter algum sucesso na adaptação morando fora passa, inevitavelmente, pela capacidade de recomeçar e não desistir. Você precisa ter calma e humildade e entender que, às vezes, a gente só precisa de um abraço.
Morar fora: entre o agora e o para sempre.
O choque cultural em morar fora do país
A intensidade do choque cultural em morar fora do país depende muito do destino. Existem países muito diferentes do nosso, mas também existem uns que são parecidos. Por isso, a voltagem do choque vai depender muito de onde você escolheu viver a experiência de morar fora.
Em países mais “fechados”, o choque costuma ser maior. Porém, em outros, onde já conhecemos os costumes de alguma maneira (Estados Unidos por exemplo), a tendência é se adaptar mais rapidamente. Por isso, o ideal é dedicar tempo para estudar e saber mais sobre o destino que você escolheu.
Morar fora: lá longe todo mundo é feliz.
Procure conhecer mais sobre o novo país
Se tem uma coisa boa na modernidade é o acesso que temos a diferentes informações. Aproveite isso e pesquise, pesquise e pesquise mais um pouco. Vá atrás de pessoas que moram onde você quer morar, veja filmes, ouça a música e se dedique a conhecer mais daquela realidade. Isso vai ajudar muito no processo de morar fora.
Dicas para lidar com as dificuldades de morar fora
Você vai ter a chance de se conhecer. Vai descobrir que é capaz de aguentar muito mais do que pensa, mas também vai conhecer o seu limite. E é aqui que, às vezes, a gente só precisa de um abraço. É quando o nosso limite é testado que sentimos o peso da distância e de não ter com quem contar.
Conte com um apoio psicológico
Peça ajuda. Não é feio. Existem redes de apoio, pessoas dispostas a ajudar, profissionais que fazem da ajuda ao outro o seu meio de vida. Peça ajuda. Conte com apoio psicológico e compreenda que morar fora é intenso (muito intenso), para passar por tudo isso sem nem uma ajuda.
Mantenha contato com familiares e amigos
Aqui a família e os amigos vão fazer toda a diferença. É claro que a distância vai tratar de dar uma esfriada na relação de amizade e de proximidade. Contudo, manter os bons amigos e uma linha direta com seus familiares vai ser um importante ponto de contato e apoio.
Faça novos amigos
E, se a família é importante, fazer novos amigos é fundamental. Morando fora, muitas vezes seremos julgados (e normalmente pelas pessoas mais próximas). Por isso, encontrar pessoas na mesma vibe que você está, gente que está num mesmo momento de vida que o seu, ajuda a continuar e juntar forças para não desistir, até porque, às vezes, a gente só precisa de um abraço, e esse amigos poderão ajudar nessas horas.
Se planeje financeiramente
Nunca vá morar fora sem se planejar. Não dá. Planejamento financeiro é o que vai fazer você ter calma quando chegar lá do outro lado. Não estar contando moedas possibilita que as escolhas sejam pensadas e as decisões tomadas de ânimo leve. Dinheiro contado do outro lado do mundo é um componente da fórmula para o desespero.
Eu sei que não temos uma cultura financeira, mas quando você estiver planejando a sua ida para um outro país, considere o planejamento financeiro algo primordial. É essencial ter alguma sobra de dinheiro, é muito importante planejar a sua vida no longo prazo no exterior, especialmente se você vai em família e com filhos pequenos.
Países da União Europeia: Portugal e Espanha como melhor escolha para expatriados.
Às vezes a gente só precisa de um abraço: Volte para visitar seu país
Volte para visitar o seu país, mas não faça isso logo no começo. É que a vontade de desistir é grande depois de alguns meses morando no exterior e voltar para o Brasil pode colocar tudo a perder. É claro que dá saudade, assim como, é óbvio que voltar para o seu país é deixar de ser um estrangeiro.
Por isso, primeiro se permita adaptar. Tenha calma com o processo de adaptação, não se compare com outras pessoas, faça o seu caminho! Cada um reage de uma maneira, mas pelo que já vi e vivi aqui fora, evite ficar voltando no período inicial da sua adaptação. Todas as pessoas que eu vi fazerem isso voltaram de vez para o Brasil.
Morar fora: Deus, a laranja e o dinheiro.
A importância de conviver com outros estrangeiros
E a adaptação passa por conviver com outros estrangeiros e pessoas que estão no mesmo momento de vida do que o seu. Converse, interaja, ouça histórias, conte seus causos, mas nunca esqueça que o percurso é você que vai fazer. Evite conviver com quem tem prazo para voltar, por exemplo.
É que, quando um conterrâneo volta, ficamos sem chão. Por isso, conviva com outros estrangeiros e compatriotas, mas também tente fazer amigos locais. São eles que vão dar aquela sensação de “estou em casa”, quando você for morar no exterior. Vá morar fora, mas saiba que, às vezes, a gente só precisa de um abraço!
1 comentário
Claudio…..
Recebi hoje esse abraço, de ti meu irmão/amigo, 20 anos depois, e o abraço foi o mesmo! Sucesso e vida longa!!!
Alemão.