Morar fora exige alinhamento entre o casal, a desarmonia pode afetar a relação. Se você não quer mais viver no exterior, veja como lidar com essa situação.
Como já diziam meus queridos, Amanda e Claudinho aqui do site Vagas pelo Mundo, “Partiu Morar Fora”, título do Podcast riquíssimo de conteúdo para todos aqueles que desejam viver no exterior ou continuar vivendo. A temática empolga qualquer sobrevivente neste mundo e motiva até os mais desavisados, mas será que seu relacionamento está pronto para essa fase? Se você compartilha a vida com alguém e deseja imigrar ou anseia por permanecer fora do seu país de origem, esse texto é para você.
Não quero mais viver no exterior, mas meu parceiro quer e agora?
Quem já foi a algum espetáculo de música clássica ou a algum show certamente já percebeu alguma nota musical executada de forma errada, seja pela inabilidade do profissional ou pelo pouco preparo técnico, mas seja qual for o motivo, a desarmonia pode comprometer as mais belas relações.
Morar fora exige dos casais atenção, conversa, alinhamento de expectativas, ajustamentos criativos à nova vida e acima de tudo, flexibilidade.
Vitor Luz
Acompanho a história de muitos casais que moram fora e vivem grandes desafios quanto à adaptação à nova cultura. Por vezes um estar melhor ambientado, profissionalmente estabelecido, emocionalmente estável e cognitivamente ajustado, e o outro em fase de adaptação.
O ajustamento ao novo país é uma experiência completamente individual, ou seja, cada um precisa organizar-se internamente para que o momento presente seja satisfatório e não angustiante.
Antes de colocarmos essa responsabilidade na mão daquele que já regulou-se, precisamos olhar para nós e buscar refletir; quais recursos eu tenho que podem me ajudar a flexibilizar nesta área? Quais habilidades profissionais possuo que posso ativar para chegar onde desejo? Como posso utilizar meus recursos de sociabilidade para interagir com novas pessoas? Como posso sair da plateia e deixar de esperar que as coisas aconteçam?
Você já escolheu a vida que deseja?
Cuidado para o sonho não se tornar pesadelo
Com o passar dos meses o desânimo pode encontrar morada, a falta de perspectiva pode nos inundar, a baixa consciência pode nos fazer desacelerar e aquilo que parecia um sonho, se torna um pesadelo. Por nos sentirmos perdidos, não conseguimos encontrar saída e a opção mais acessível é voltar para casa ou desistir das escolhas que fizemos. Realidade essa que pode impactar os relacionamentos afetivos, principalmente quando o casal está desalinhado emocionalmente.
Devemos sempre lembrar que estamos sozinhos nesta vida e dela partiremos assim, estar acompanhado pode ser um privilégio e cientes disto devemos entender que se desejamos ser bem-sucedidos em tudo que fizermos, essa construção é individual e singular, ou seja, devemos ser autores da nossa própria história. Chega de terceirizarmos as nossas realizações ou culpabilizarmos os outros pelo nosso fracasso, não há mais tempo e nem espaço para isso.
Morar fora: cuidado com quem você anda se aconselhando.
Somos autores da nossa própria história
Se você está vivendo no exterior com o seu parceiro (a) e essa experiência não está sendo boa para você, antes de pensar em desistir tente checar se você já fez tudo o que podia; qual o teu plano de permanência? O que te motiva a permanecer? O que você está fazendo para se sentir melhor? Quais as tuas razões para avançar?
E mais: Como aproveita seu tempo para viver o que jamais teria chance de viver em seu país de origem? Como você pode mudar a sua realidade? Quais recursos você ativa para se sentir bem? Como vai o seu processo terapêutico? Será que suas emoções estão fortalecidas para viveres o que deseja? Como está o enfraquecimento dos processos de autossabotagem?
Por fim, lembre-se sempre e nunca esqueça, somos autores da nossa própria história, desta forma podemos viver a vida que merecemos, só precisamos estar atentos e presentes ao aqui e agora. Pense nisso com carinho!
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