A ACI EUROPE alertou sobre os riscos para a continuidade dos negócios de 193 aeroportos europeus que podem falir nos próximos meses.
Cerca de 193 aeroportos europeus enfrentarão insolvência nos próximos meses. As informações são de um relatório da ACI EUROPE (Airport Council International Europe) que mostra que se o tráfego de passageiros não começar a se recuperar até o final de 2020, quase 200 aeroportos europeus vão falir. Esses aeroportos geram 277 mil empregos e representam €12,4 bilhões do PIB europeu.
Aeroportos Europeus em situação difícil
193 aeroportos europeus podem enfrentar insolvência nos próximos meses devido por conta da crise nas viagens causada pela pandemia de COVID19. O setor de turismo foi um dos mais afetados no mundo e as restrições de viagens em meio à pandemia de Coronavírus colocaram os aeroportos europeus em situação precária.
O relatório apresentado pela Airports Council International (ACI) Europe mostra que se o tráfego de passageiros não for restabelecido até o final de 2020, muitos aeroportos não conseguirão sobreviver r irão a falência na Europa. A associação comercial da indústria europeia diz que 193 aeroportos europeus estão em risco caso as restrições de viagem não diminuam.
Milhares de empregos ameaçados e bilhões de euros de prejuízo
A ACI afirma que a pandemia de COVID-19 paralisou a indústria de turismo e das viagens, incluindo o negócio da aviação. Dessa maneira, para a associação dezenas de aeroportos estão com suas atividades paralisadas e poderão enfrentar insolvência no próximo ou nos próximos meses. Isso se o tráfego de passageiros não começar a se recuperar até o final do ano.
Ainda de acordo com a ACI, em um comunicado para a imprensa, “esses aeroportos geram 277 mil empregos e €12,4 bilhões do PIB europeu”. Para a Airports Council International Europe, a Europa deverá enfrentar um colapso de uma parte significativa do sistema de transporte aéreo do continente.
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Quedas acentuadas no número de passageiros nos aeroportos europeus
Os dados apresentados pela ACI mostram que, somente no mês de setembro, a redução no tráfego de passageiros foi de 73% nos aeroportos europeus. Isso significa que foram perdidos mais de 172,5 milhões de passageiros adicionais, trazendo o volume total de passageiros perdidos desde janeiro de 2020 para 1,29 bilhão.
“Em meados de outubro, o tráfego de passageiros caiu 75% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo uma redução de 80% nos aeroportos da União Europeia / Espaço Econômico Europeu / Suíça / Reino Unido – uma clara trajetória de queda”.
Airports Council International Europe
Para a ACI, os aeroportos europeus com mais possibilidade de falir são os que atuam regionalmente. Embora não na mesma medida, os maiores aeroportos europeus também foram afetados pela crise financeira, já que os 20 principais deles experimentaram um aumento repentino na dívida de €16 bilhões adicionais, o que equivale a 60% de suas receitas em um ano normal.
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Crise nos aeroportos europeus – Empréstimos necessários
De acordo com uma publicação de setembro da Schengen Visa Info, o Aeroporto Internacional de Berlim (Brandenburg BER) em precisa de uma injeção de € 300 milhões até 31 de outubro, caso contrário, poderia ir à falência. Em construção desde 2006, ele foi reaberto em 26 de outubro de 2020, depois de ter sido concedido o auxílio estatal de 300 milhões de euros para ajudar a salvaguardar os empregos das 20 mil pessoas que eventualmente trabalharão lá até o fim de 2020.
Para Olivier Jankovec, Diretor-Geral da ACI Europe, a redução da disseminação da COVID-19 é crucial, porém é necessário que seja feito um trabalho mais eficiente de testagem ao invés de quarentena.
“Os números publicados hoje pintam um quadro dramaticamente desolador. Oito meses após o início da crise, todos os aeroportos europeus estão queimando dinheiro para permanecerem abertos, com as receitas longe de cobrir os custos operacionais, muito menos os custos de capital. A atual imposição de quarentenas pelos governos, em vez de testes, está deixando os aeroportos europeus mais próximos do limite a cada dia que passa ”.
Olivier Jankovec – Diretor-Geral da ACI Europe
Contudo, além da ACI Europa a International Air Transport Association (IATA) também está há meses exigindo que os países europeus consigam desenvolver testes para o COVID-19 mais rápidos. Além disso, é necessário que a capacidade de testagem seja aumentada para que os passageiros sejam testados antes da partida e não necessitem de quarentena.