acolher uma nova cultura
Foto: Helena Lopes – Pexels.

Morar fora é um exercício constante de acolhimento, amadurecimento e humildade. Será que você está disposto a acolher uma nova cultura?

A depender da região do país a qual fomos criados, temos a possibilidade de conviver com pessoas de diferentes culturas, experiência essa que pode começar bem cedo, inclusive se essa possibilidade existir dentro da própria família. Conhecer pessoas que pensam diferente, que se comportam diferente e que simplesmente foram educadas de modo diferente nos coloca em uma posição de grande privilégio, pois quanto mais diversidade cultural formos apresentados, melhor será a nossa adaptação ao morar fora. 


Você está realmente disposto para acolher uma nova cultura?

Existem famílias que possuem diversas culturas dentro de uma mesma casa, o pai é português, a mãe é brasileira, a nora é persa e o genro é inglês. Essa multiculturalidade nos transpõe para uma zona de inclusão, expandindo nossa visão de mundo e permitindo com que possamos acolher o que é diferente e que necessariamente essa experiência não precisa ser ruim.

Há também famílias de uma única nacionalidade, onde os integrantes são bastante enraizados em suas culturas e pouco flexíveis ao que é diferente. Realidade essa que pode ser um desafio quando se tem o desejo de morar fora, tendo em vista a baixa flexibilidade e disposição em acolher diferenças. 

Independentemente da realidade a qual estejas inserido, morar fora é um eterno exercício de acolhimento e humildade. Pois quando estamos distantes de tudo aquilo que nos faz sentido precisamos abrir a nossa mente para acolher aquilo que nos é ofertado, concedido e generosamente permitido.

Esse acolher inclui compreender a forma como as pessoas se comportam, a maneira como compreendem o mundo e respeitar seus valores e costumes. A humildade surge para nos auxiliar a entender que nada sabemos e que nada somos, estamos em constante mudança e transformação, circunstância essa que nos auxilia no processo de adaptação aonde quer que vamos. 

Como se sentiria hoje se tivesse desistido lá trás?

Como se abrir para o novo

Talvez você esteja pensando, “como posso saber se estou preparado para acolher uma nova cultura?”. Separei alguns questionamos para que possa refletir sobre as respostas: 

  • Como me sinto quando estou diante de pessoas que possuem hábitos diferentes dos meus?
  • Quando não me sinto compreendido e percebido, me incomodo ou consigo me adaptar?
  • Não ser aceito, considerado e acolhido pelas pessoas pode ser um problema ou está tudo bem?
  • Consigo me moldar às normas e costumes dos lugares que estou ou tenho uma tendência a querer que as coisas sejam do meu jeito?
  • Será que eu consigo ser grato pelo momento presente ou estou sempre ansioso pelas coisas que quero?

Esses questionamentos nos transportam para uma realidade mais próxima do que viveremos longe de casa, caso suas respostas não tenham sido positivas, então antes de decidir morar fora se prepare emocionalmente e comportamentalmente, esse exercício será poderoso e vai te capacitar para estar longe da sua cultura e acolher uma nova cultura. 

Nenhuma experiência no exterior será saudável se você estiver fugindo.

Primeiro mude sua cabeça, depois vá morar fora

Morar fora pode ser uma experiência inesquecível, tanto positivamente, quanto negativamente, o que irá definir isso é a realidade a qual você irá se inserir e o quanto você estará preparado para acolher o novo. Conheço muitas histórias de pessoas que desejam sair de seus países de origem porque desejam dias melhores, porque acham que terão menos problemas ou porque simplesmente pensam que tudo será diferente.

Mas assim como uma reeducação alimentar é um processo terapêutico, essa mudança antes de ser geográfica, precisa ser mental, ou seja, precisamos acolher o que somos para que um dia possamos ser o que desejamos ser. 

Você tem usado o seu próprio potencial para resolver seus problemas?

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Vitor Luz possui formação em Jornalismo e Psicologia e ao longo da sua trajetória profissional pode se dedicar à busca de novos conhecimentos e fez uma formação em Inner Vision, Programação Neurolinguística – PNL e Certificação Internacional em Master Coaching Mentoring e Holomentoring – ISOR. Atualmente mora na cidade do Porto, onde aprofunda seus estudos em psicologia em um Doutorado na Universidade do Porto, além de possuir especialização em Psicologia Intercultural, proporcionando um acolhimento ajustado às necessidades daqueles que moram no exterior. Ele realiza atendimentos exclusivamente online, com clientes espalhados pela América, Europa, Ásia e Oceania, acolhendo imigrantes e expatriados brasileiros que busquem ressignificar perdas e aprimorar suas formas de se relacionar consigo mesmo e com os outros.

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