Se você planeja trabalhar no país europeu, conheça tudo sobre o mercado de trabalho em Portugal.
Trabalhar em Portugal é o desejo de muito brasileiros, mas será que o mercado de trabalho do país europeu está aberto para esses profissionais? Como ficará o cenário pós-pandemia? Nós do site Vagas pelo Mundo fomos conversar com o consultor de carreira e especialista em recolocação profissional, o português Jorge Fonseca. Ele é CEO da GEORGE Career Change & Executive Advisors, com sede em Lisboa e nos conta mais sobre a situação do mercado profissional no país e quais as perspectivas para o futuro.
Mercado de trabalho em Portugal
Para saber sobre a real situação do mercado de trabalho em Portugal, conversar com portugueses é fundamental. Isso nos ajuda a entender melhor a conjuntura. Por isso, trouxemos o consultor Jorge Fonseca para uma entrevista, pois ele atua há 11 anos na assessoria de profissionais e executivos, tanto portugueses como brasileiros, angolanos, moçambicanos na procura de novos desafios profissionais em Portugal e no exterior. Confira a seguir a entrevista completa:
1) Como está o mercado de trabalho em Portugal? Quais áreas de atuação/setores têm contratado?
Jorge Fonseca (JF): Portugal e a maioria dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) acabam de passar pela maior crise económica dos últimos 100 anos, provocada pelo COVID, que teve fortes repercussões na maioria das empresas dos diferentes setores da economia, em especial no Turismo, Hotelaria, Banca (sistema financeiro)… Porém, acelerou muitas tendências (digitalização dos negócios, Compras/ Formação/ Divertimento online, Banca online, Telemedicina, etc).
Na minha opinião, a economia portuguesa ainda está bastante anestesiada enquanto as moratórias de crédito vigorarem, o que deverá acontecer até setembro ou mesmo até ao final de 2021. Os setores que têm beneficiado com a crise pandémica: TECNOLOGIAS em geral, LOGÍSTICA, Consultoras de otimização de custos e processos, NEGÓCIOS DISRUPTIVOS nos diferentes setores de atividade (Fintech’s, Insurtech’s, RegTech’s, Health Tech’s, Mobilidade Elétrica, E-commerce, Formação e Entretenimento online, Telemedicina, Energias limpas, etc).
2) O que as empresas portuguesas e multinacionais têm buscado nos profissionais?
JF: As empresas de hoje procuram profissionais dinâmicos, proativos, resilientes, com boas capacidades de identificação e materialização de “negócios disruptivos”. Que se adaptem bem à acelerada transformação digital das empresas, que estejam bem informados acerca das tendências dos negócios em que operam (APRENDIZAGEM CONTÍNUA, estamos na Era da Informação onde tudo muda rapidamente).
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3) Como os profissionais imigrantes são vistos em Portugal? Ainda há espaço? Em quais áreas?
JF: Na minha opinião os imigrantes devem procurar candidatar-se a funções em Portugal onde, numa 1ª fase, não entrem em competição direta com quadros portugueses e/ou que já residam em Portugal há muitos anos. Por exemplo, um profissional brasileiro poderá oferecer-se a empresas portuguesas para as ajudar a conceber ou exportar produtos para o vastíssimo mercado do Brasil. “O que é que eu sei fazer que me diferencia positivamente de quadros locais?”.
4) Dentro do seu ramo de trabalho, quais profissões você considera com melhores salários?
JF: Profissionais dos setores das TECNOLOGIAS (programadores, software developers…), Digital Transformation, Digital Marketeers, Consultores de otimização de custos e processos, “Cirurgiões Empresariais” (Executivos com know-how de reposicionamento e reestruturação de negócios, de identificação de negócios rentáveis e com boas taxas de crescimento…), profissionais com bom know-how de identificação e fidelização de clientes rentáveis nos diferentes negócios.
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5) Quais as maiores empresas que têm contratado e aberto vagas de emprego em Portugal?
JF: NEGÓCIOS DISRUPTIVOS nos diferentes setores de atividade (Fintech’s, Insurtech’s, RegTech’s, Health Tech’s, Mobilidade Elétrica, E-commerce, Formação e Entretenimento online, Telemedicina, Energias limpas).
6) Quais as suas dicas para quem deseja trabalhar em Portugal?
JF: Primeiro os profissionais têm que estar cientes quais as suas mais-valias para as empresas a que pretendem candidatar-se. O que os diferencia positivamente dos profissionais em funções?
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7) O hub de tecnologia ainda está em alta em Lisboa ou foi afetado pela pandemia?
JF: As TECNOLOGIAS e a Transformação Digital continuam a contratar muitos quadros. A clara maioria dos negócios que singram nos dias de hoje tem uma crescente componente tecnológica.
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8) Como você vê a recuperação de Portugal depois da pandemia? Quando você acredita que a economia portuguesa irá se recuperar?
JF: A recuperação da economia portuguesa irá levar ainda bastante tempo e será assimétrica a nível setorial. Haverá setores que irão demorar bastante mais tempo a voltarem a números parecidos com os de 2019, se é que algum dia os irão voltar a ter. A pandemia acelerou muitas tendências (transformação digital, compras/formação/ divertimento online, redução do número de viagens de negócios, banca online).
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