Morar fora é sempre uma possibilidade, assim como o retornar para o país de origem. Saiba como lidar com a volta para casa.
Se tem uma coisa que aprendemos nesta vida é que nada é definitivo, o amanhã não existe e só podemos desfrutar do aqui e do agora, do momento presente. Ao longo da nossa jornada fazemos muitos planos, alimentamos muitos sonhos e até pensamos em morar fora, mas será que em nosso planejamento estamos considerando alguma possibilidade de retorno ao nosso país de origem? Hoje vamos refletir um pouco sobre essa questão e vou te auxiliar a acolher esse momento, caso em algum momento você passe por isso.
Como lidar com a volta para casa
Só quem já morou fora conhece a realidade do ser imigrante ou expatriado, dias repletos de ansiedade, insegurança, instabilidade emocional, saudades, culpa, solidão, adoecimento mental e físico.
Mas também existem as viagens, o crescimento profissional, o desenvolvimento intelectual, o amadurecimento emocional, a expansão da visão de mundo, o ajustamento da percepção sobre o que é ser bem-sucedido e por fim, o desenvolvimento de uma eterna paixão pelo explorar novos destinos. Não há como morar fora sem experimentar essa dualidade, em algum momento da jornada.
Fazemos tantos planos para partir e parece que nossas planilhas são a prova de calamidades, inflações, sentimentos os quais não podemos controlar e pensamentos que surgem de forma espontânea…
Por vezes desejamos tanto algumas coisas, que não consideramos que nada do que pensamos ou ansiamos pode nem acontecer. Não é sábio fecharmos os olhos para as possibilidades que não queremos, como voltar para casa por exemplo.
Voltar para casa pode ser um fracasso?
Não se compare com os outros
O retorno para casa ao longo do tempo foi associado ao fracasso, a incapacidade de avançar, a falta de habilidade de gerir o presente e com isso o futuro desejado deixou de ser possível.
São tantas coisas que passam na nossa mente, “o que as pessoas vão pensar de mim…”, “será que meus familiares vão me julgar…”, “não me vejo mais vivendo naquela cultura…”, “retornar para casa é o fim…”. Esses pensamentos podem surgir e se não estivermos preparados eles podem comprometer a nossa visão sobre o que estamos fazendo e sobre o que fizemos.
Comparar-se com os outros é um erro terrível ao longo do nosso desenvolvimento, estamos neste mundo de passagem e somos todos peregrinos, cada um no seu tempo, com seus motivos, razões e condições.
Você não precisa morar fora por obrigação.
Qual motivo está fazendo você voltar para casa?
Qual o sentido que faz olharmos para a vida do outro e não aceitar que ele pode viver algo diferente de nós? Por qual razão olhamos para aqueles que estão diante de nós e tentamos espelhar seus comportamentos, escolhas e resultados? O que nos leva a crer que devemos comparar a nossa fragilidade com a melhor versão dos outros?
Se você está pensando ou já se organizando e se preparando para lidar com a volta para casa, vamos compreender algumas coisas: Você já viveu o que saiu para viver? Você foi feliz durante o tempo que estava fora? Cumpriu o combinado que você fez com você mesmo? Por qual motivo está decidindo retornar?
O mesmo plano que fizestes na partida, estás fazendo para o retorno? Por vezes estamos tão preocupados com a impressão dos outros, que esquecemos de nos conectarmos ao nosso coração e mente…
Como avaliar se chegou o momento de voltar para casa?
Como lidar com a volta para casa: busque o seu bem-estar e saúde mental
Na volta para cada a opinião dos outros é o que menos importa, precisamos aprender a nos distanciarmos disso e a considerar apenas aquilo que for importante para o nosso bem-estar. Às vezes somos nós mesmos que não acolhemos o nosso próprio momento, deixando essa circunstância ainda mais difícil.
Outro ponto que também devemos ter em mente é, quem disse que seria para sempre? Essa ilusão e falsa expectativa muitas vezes é nutrida por nós e por aqueles a nossa volta, aprenda a entender os ciclos da sua vida.
Chegou a hora de se desfazer das vozes que te impedem de colocar os pés no chão, chegou o momento de ouvir a você mesmo, chegou o tempo de aprender a viver a sua própria vida e respeitar suas escolhas, sem medo de julgamento, preconceito e impressões distorcidas.
Assim como eliminamos o peso em nossa bagagem na hora de partirmos, devemos nos livrar dos pesos emocionais ao retornarmos para nossa terra natal. Aproveite para pensar nisso!
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